sábado, 20 de agosto de 2011

Entre as Flores





Quem respira o perfume das flores tem a alma tocada pelo divino.


Dizem que para encontrar seu destino você tem que se lembrar do que mais gostava de fazer quando era criança, pois ali está a expressão mais pura do seu coração.
Fiz uma viagem, para me lembrar de cenas da minha infância...
Quando eu era pequenininha tinha uma coisa que eu adorava fazer... colher flores...
Eu colhia sementinhas e plantava em qualquer buraquinho que encontrava...
Sempre amei as flores, a natureza...
Sempre amei os animais...
Vivi boa parte da minha infância e adolescência me balançando em árvores, porque eu gostava de estar lá no alto, vendo tudo de cima, vendo "o campo" a minha volta... eram meus momentos sagrados de meditar... Acho que de meus 5 irmãos eu fui a que passou mais tempo empoleirada em árvores e enfiando o dedo na terra... adoro lidar com a terra, me sujar nela e ver a plantinha crescer...
Sempre desejei ter um quiosque de flores, uma floricultura, um banquinho na varanda prá contemplar um imenso jardim...
Pensei no curso de paisagismo, até me inscrevi para uma bolsa de estudos, mas a vida me levou em outra direção...
Hoje como terapeuta faço meus banhos de ervas, e ao final de cada seção de reiki-amor à distância, sempre cubro as pessoas que amo com pétalas de rosas, com o orvalho das rosas... alguns me disseram que sentiram até o perfume, as gotinhas...
Mãe Maria me guiou pelo caminho de rosas, uma história que já contei aqui e que mostra a cada dia o meu destino... Cada pétala de flor uma nova semente para o meu futuro.
Então me lembrei da novela "Almas Gêmeas" e do quanto ela sempre mexeu comigo... era uma coisa muito profunda, muito especial, como se eu me lembrasse de coisas muito distantes nas minhas jornadas de vida.
Dia destes eu tive uma visão, e eu estava bem velhinha, sentada num banco-balanço em uma varanda, com um xale de tricot nas costas, tomando chá e contemplando um imenso campo de flores... eu sabia que aquele campo me pertencia, via cada pessoa trabalhando, cada família que construia sua vida trabalhando ali, com as flores... Era um campo imenso, com todo tipo de flores...
A visão tinha uma riqueza de detalhes maravilhosa, e linkava fragmentos de minha vida, de tantas outras visões que tive não só comigo, de uma maneira incontestável, como uma colcha de retalhos... vi a capa do livro, os arabescos, as flores no mar, o caminho de flores, as pétalas caindo do infinito céu, a mãe Kwan Yin me dando o cálice com a rosa dentro... meu cigano me entregando a rosa vermelha, tudo, se juntando, como um filme que passava de uma maneira mais rápida que a velocidade da luz diante de meus olhos abertos, bem abertos, com uma lucidez impressionante...
Bom, toda esta visão me trouxe ainda mais certezas de onde vou chegar. O campo de flores que eu vi da minha varanda mostra todas as conexões que existem com ele, todas as outras coisas que ele sustenta; e isto me dá uma certeza ainda maior de que estou e sempre estive no caminho certo.
Bora plantar as sementes... e co-criar com a visão criativa, que com a velocidade da luz transforma o presente em realidade.


No meu coração colho flores, como todas as estrelas do céu...


meus jardins:


http://plantandosementes.blogspot.com/

http://rosasagrada.blogspot.com/






terça-feira, 16 de agosto de 2011

Expressões de amor


“GRANDE É A LUZ DO AMOR QUE EXISTE EM MEU CORAÇÃO".
Que o amor flua em mim, para que eu compartilhe sempre a minha real essência.
Expressões de Amor

Há sempre alguém à espera da pessoa na qual você está se transformando.
Amar é reencontrar-se, expressar-se, transformar-se, recriar todos os dias e principalmente: Co-criar. Esta é a palavra chave do amor: Co-criar. Quando entendemos o que é co-criar, entendemos o que é amar e razão primordial dos relacionamentos.
Amar é essência da nossa existência. É uma troca de energias que conecta almas.
Amar é expressar juntos, é co-criar amor, é compartilhar.
O melhor que podemos fazer por qualquer pessoa, é permitir que elas sejam felizes no caminho escolhido, permitir que elas expressem seu amor, sua vida, sua essência, sua existência.
A grande maioria das pessoas não percebe isto. E quando julgamos amar alguém, ainda assim não nos tornamos satisfeitos no amor que recebemos e passamos a buscar mais e mais desta expressão distorcida do amor (das nossas carências) através de relações distorcidas sem compromisso. E que compromisso seria este? O compromisso de nos amar mais e mais e de compartilhar o amor que temos por nós mesmos com as pessoas que escolhemos para compartilhar a vida. Resultado: infidelidade, mas não para com o outro, infidelidade com nossos próprios sentimentos, por falta de verdade em nós mesmos, por falta de amor por nós mesmos.
Amar é como a semente de um jasmim: É preciso gerar a semente, buscá-la no fundo da alma, cuidar dela, regá-la e estar continuamente atentos, sendo cuidadosos, protetores. Até o dia em que  a flor do jasmim se abre para a vida, para a leveza, para a pureza, para a mais pura expressão do amor que liberta.
Viver desfocado no amor é não compreender a si mesmo, não saber expressar a essencia do amor.
O trabalho não traz satisfação porque não há amor pelo que se faz;
A família fica em conflito porque não há cumplicidade, compreensão, outra expressão de amor.
A sexualidade torna-se uma doença, uma tortura, uma manifestação dos nossos mais profundos medos.
Sexo não é um fragmento isolado do amor, é a expressão do amor em sua mais pura essência.
Quando não compreendemos o que é co-criar não sabemos compartilhar e o amor deixa de fluir também através da sexualidade. Não conseguimos expressar amor e projetar a nossa essência mais pura, a expressão da beleza e da pureza do amor manifestado no brilho da alma. E olhamos o outro, o corpo, os gestos, a expressão  da energia também de forma distorcida. Deixamos de contemplar a beleza do amor enquanto expressão, não compreendemos esta visão, não sentimos a imagem que o outro reflete como essência de amor e sim como a sexualidade e a sensualidade que aprendemos a distorcer.
Amor é energia, é saúde, e se não alimentamos nosso corpo de energia de amor, se não co-criamos e compartilhamos amor também na nossa sexualidade transformamos o estar com o outro um descarrego, e a energia fica distorcida.
Tudo aquilo que esperamos ter com o contato com o outro  é receber afeto, e isto desagrega o verdadeiro compartilhar, nos colocamos apenas para receber do outro muitas vezes apenas descarrega suas frustrações e traumas em nós. é preciso compreender isto porque assim nos permitimos ser vampirizados e nos tornamos vampiros energéticos uns dos outros.
A troca de energia fica distorcida, não recebemos amor porque não sabemos receber e também não sabemos compartilhar, então a fome se torna mais intensa a cada dia e estar com o outro se torna uma doença.
E só o que conseguimos expressar são as nossas frustrações, os nossos medos, o nosso desespero diante da nossa incapacidade de expressar amor.
O estar com o outro torna-se automático mesmo com quem "amamos"; uma busca insana por auto-satisfação, uma fuga de si mesmo mascarada por um prazer limitado e distorcido, onde as pessoas não se comunicam e vivemos o faz de conta da satisfação. O prazer de sentir se torna auto-performance,  distorcendo a visão da expressão do amor seja através do visual (sensualidade distorcida) seja através das projeções de frustrações e traumas vividos e condicionados. E é isto que projetamos no outro, é esta energia que geramos quando tocamos e olhamos outro.
E toda expressão de amor, a essência do amor que é vida, deixa de se existir.

Elena Públio
16/08/2011