sábado, 13 de maio de 2017

Na Luz do Amor




Amar não é fácil, é o aprendizado mais importante.
Amamos sucessivamente a mesma pessoa em vidas e vidas, e sempre as buscamos quando o aprendizado não cessou. 
Desistir é sempre a primeira opção, seja dolorosa ou não. 
O não já se tem, o sim é o aprendizado. 
Nos colocamos diante de situações que nos fazem avaliar o amor que sentimos. quando os pares se encontram para dar um salto no que é amar de verdade acima de todas as coisas, vale um ensinamento dos mais antigos e que nos lembra que todo julgamento aponta em nós mesmos a nossa rigidez em aceitar o outro como é, com suas histórias que refletem basicamente o aprendizado que outrora escolhemos viver, como homens e como mulheres, sem distinção, por isto nascemos homens com conceitos femininos, mulheres com conceitos masculinos, para aprender a ver os padrões se repetindo; a alma inverte papéis exatamente para quebrar os paradigmas limitantes e castrantes da sociedade, os tabus, dogmas, preconceitos e comportamentos aprendidos. 

Não existe distinção sexual para a alma, pois reencarna como homens e mulheres inúmeras vezes exatamente para mostrar que a sociedade é que limita o ser. 
Cada qual diante do outro, tal qual espelhos, vai identificar exatamente os pontos de seu aprendizado: não julgar, não condenar, não rotular, não limitar a liberdade de expressão de qualquer natureza, pois que é alma que se expressa. 
Amar o próximo como a si mesmo, não sub julgar o outro por suas fraquezas, acolher, ter compaixão, aprender a identificar em nós mesmos os pontos importantes do processo evolutivo que precisa ser lapidado em nós. E o outro precisa de nós para concluir seu próprio aprendizado. 
Não tem como dar um salto sem transformar padrões e quebrar paradigmas, conceitos, pré-conceitos e todo um comportamento aprendido. 
Viver é um aprendizado, Amar é uma Catarse... compartilhado no pleno existir.


... E quando olhar aos espelhos que possas em profunda paz dizer: Eu te amo.

"Que haja amor de verdade para que o outro seja aceito como parte importante e indispensável a vossa redenção"- -  inspiração ouvida de uma amada mestra, em meu coração.

" Na luz do amor estamos inteiros
  À luz do amor estamos em casa
  À luz do amor nós curamos e cantamos
  Seja feita a tua vontade
  À luz do amor." 

In the Light of Love- (Om Shree Dhanvantre Namaha) - Deva Premal &Miten


quarta-feira, 10 de maio de 2017

Conexões de amor




Neste dia auspicioso, peça a Mãe Divina que te ajude a compreender certos processos físicos de conexão que não compreende, peça-a que te cubra com o manto sagrado do amor divino e ensine teu coração a se abrir para o néctar do mais puro amor que a tudo perdoa, liberta e equilibra e fortalece.
Se não for possível se conectar com sua mãe terrena fisicamente por qualquer razão que seja, peça a Mãe Divina para fazer o elo de ligação do mais puro amor de teu coração com o mais puro amor do coração da sua mãe da Terra, aquela que foi a semente que te gerou vida, e peça que a luz do mais puro amor do coração sagrado da Mãe Divina faça todo o processo de libertação através do perdão do amor que a tudo liberta.

Perdoando e libertando teu coração sagrado de todas as vivências de dores e sofrimentos com todas as suas mães terrenas em todas as tuas jornadas, em todos os teus papéis como hoje é compreendido; e dê permissão para que o Amor da Grande Mãe faça toda a cura necessária e traga todo discernimento, compreensão e compaixão por tuas vivências, das mais conscientes as mais inconscientes.

Lembre-se que você é uma Centelha Divina e que tem todo o poder do amor que liberta, nutre, cura, transcende e fortalece de que precisa, para acessá-lo basta encontrar o elo de ligação entre teu coração sagrado e o coração sagrado da Grande Mãe Terra. 

Hoje é dia de Wesak... daqui a 2 dias (dia 13) celebram-se os 100 Anos da Aparição de Nossa Senhora em Fátima... e domingo teremos o dia das Mães... - aproveitem o momento para celebrar o amor unificado... aproveitem o momento para iluminar a ponte de amor em seu coração...

Luz e Amor...
Elena Públio.









segunda-feira, 8 de maio de 2017

Caminhos do Sannyasin...






Que minha rebeldia seja a liberdade de minha sensatez...,
que minha expressão seja Pura Poesia...
que meu Ser seja pleno amor...
que meu caminhar seja plena Paz...








Há anos atrás decidi mergulhar na imensidão do ser...
Sannyas é uma escolha, um mergulho... viver a liberdade, ser a liberdade, transformar a vida em liberdade.
Sannyas é profundo amor e profunda paz... mas isto só se encontra quando o coração decide viver em liberdade...
Assim comecei este caminho, em 2010...
Não é fácil deixar de existir naquilo que você conhece... mais difícil ainda é trilhar o caminho que você (pensa que) conhece de si mesmo, e desvendar-se...
A "realidade que se vê" nem sempre corresponde com a "realidade que se cria" - e nisto os grãos de areia turvam a visão...
Você é aquilo que você acredita ser ou você é aquilo que você não enxerga que você seja?
Por fim quem somos nós?
Sannyas ensina sobre as tramas do ego e as tramas do amor...
sua vida e sua existência se desenvolverá de acordo com o fio da meada que você decidir desvelar...
Neste caminhar as pétalas do coração começam a se abrir...
E a jornada recomeça...
A maior responsabilidade é compreender que no aprendido, pode-se estar em introspecção meditativa e em plena manifestação criativa...
Quando você percebe que é capaz de vivenciar estes dois momentuns da existência torna-se seu próprio Sannyas...
Minha eterna gratidão aos ensinamentos que obtive e que hoje tornam meu caminhar a plena contemplação da parte mais bela de meu ser...
Eu sou grata...
Elena Públio - 08/05/2017 - 20 hrs.

Sannyas - Osho,
Quais são as qualidades de um sannyasin?
"É muito difícil definir um sannyasin,
e mais difícil ainda se você for definir os seus sannyasins.
O sannyas é basicamente uma rebelião contra todas as estruturas, daí a dificuldade de se definir.
Sannyas é viver a vida de uma maneira não estruturada.
Sannyas é ter por caráter, ser sem caráter.
Por "sem caráter" eu quero dizer que você não depende mais do passado.
Caráter significa passado, a maneira que você viveu no passado, a maneira com a qual você ficou habituado a viver, todos os seus hábitos, condicionamentos, crenças e experiências. Isso é o seu caráter.
Um sannyasin é alguém que não vive mais no passado ou através do passado, é alguém que vive no momento, por isso ele é imprevisível.
Um homem de caráter é previsível, mas um sannyasin é imprevisível, porque ele é liberdade...
Sannyas significa coragem, mais do que qualquer outra coisa, porque ele é uma declaração de sua individualidade, de sua liberdade, de que você não será mais parte da loucura coletiva, da psicologia coletiva. Ele é uma declaração de que você está se tornando universal; você não pertence mais a país algum, a igreja alguma, a raça alguma, a religião alguma.
Para ser um sannyasin, é preciso um coração aberto, um coração amoroso, uma profunda confiança em si mesmo e nada mais é preciso. Você não tem que se entregar a algum mestre, não tem que venerar algum Deus e nem tem que fazer alguma prece para alguma hipotética divindade. Você não tem que ir a templos e igrejas feitos pelo homem para encontrar aquilo que está escondido dentro de você
Todo anseio por pertencer é enganoso.
Algum dia o sannyas começará. Ele pode começar no momento da iniciação, se a sua intensidade, integridade, se a sua confiança e seu amor forem totais, mas raramente é assim. Iniciação é apenas você dizendo sim para a existência, e abrindo todas as suas portas e janelas para que a brisa fresca e o sol entrem e limpem você e o tornem parte do todo.

O sannyas precisa de um sim total e então ele pode acontecer neste exato momento. Mas a sua pequena dúvida – ela pode ser muito pequena – é como uma pequena areia em seus olhos, e você não consegue abrir os olhos. Só um pequenino grão de areia pode impedi-lo de ver todo este belo mundo. A dúvida é exatamente como um pequenino grão de areia em seu olho interior. Ele pode impedi-lo de ver o esplendor e a glória da vida, o seu próprio potencial e suas próprias flores que têm esperado por vidas para crescer e desabrochar, mas você não lhes tem dado chance.

 A primeira qualidade de um sannyasin é uma abertura à experiência.  Normalmente as pessoas são fechadas, elas não são abertas à experiência. Antes que elas experienciem alguma coisa elas já têm prejulgamentos a respeito. Elas não querem experimentar, elas não querem explorar. Isso é pura estupidez.
           Ele não decidirá antes de ter experienciado. Ele nunca decidirá antes de ter experienciado. Ele não terá qualquer sistema de crenças. Ele não dirá, 'isso tem que ser desse jeito porque Buda disse assim'. Ele não dirá, 'isso tem que ser assim porque está escrito nos Vedas'. Ele dirá, 'eu estou pronto para entrar nisso e ver se é assim ou não'.
          Um sannyasin não carregará muitas crenças, na verdade, não carregará nenhuma. Ele carregará apenas as suas próprias experiências. E a beleza da experiência é que a experiência está sempre aberta, porque sempre é possível mais exploração. E a crença é sempre fechada, ela está completa. A crença está sempre acabada. A experiência nunca está acabada, ela permanece inacabada. Enquanto você estiver vivendo, como pode a sua experiência ter acabado? Sua experiência está crescendo, está mudando, está se movendo. Ela está continuamente se movendo do conhecido para o desconhecido e do desconhecido para o incognoscível. E lembre-se de que a experiência tem uma beleza porque ela é inacabada. Algumas das maiores canções são aquelas que estão inacabadas. Alguns dos maiores livros são aqueles que estão inacabados. Algumas das maiores músicas são aquelas que estão inacabadas. O inacabado tem uma beleza. ....
          Nenhuma história pode ser bela se ela estiver completamente acabada. Ela estará completamente morta. A experiência sempre permanece aberta, o que significa inacabada. A crença está sempre completa e acabada. Assim, a primeira qualidade é uma abertura à experiência.
          A mente é a reunião de todas as suas crenças juntas. Abertura significa não-mente. Abertura significa você colocar a sua mente de lado e estar pronto para olhar para a vida mais e mais vezes de uma maneira nova, não com os velhos olhos. A mente dá a você os velhos olhos, ela lhe dá novamente idéias: 'olhe através disso'. Mas então a coisa se torna colorida, mas você não olha para ela, você projeta uma idéia em cima da coisa. Então a verdade se torna uma tela na qual você continua projetando.
          Olhe através da não-mente, através do nada - shunyata. Quando você olha através da não-mente, a sua percepção é eficiente, porque então você vê aquilo que é. E a verdade liberta. Tudo mais cria escravidão, somente a verdade liberta.
          Naqueles momentos de não-mente, a verdade começa a filtrar em você como luz. Quanto mais você desfrutar dessa luz, dessa verdade, mais você se tornará capaz e corajoso para abandonar a sua mente. Mais cedo ou mais tarde, um dia chegará em que você olhará mas não terá qualquer mente. Você não estará olhando para alguma coisa, você estará simplesmente olhando. O seu olhar será puro. Em tal momento você terá se tornado avalokita, aquele que olha com olhos puros. Esse é um dos nomes de Buda: Avalokita. Ele olha sem quaisquer idéias, ele simplesmente olha."
- Osho.


 A segunda qualidade é viver existencial. O sannyasin não vive a partir das idéias de que deve ser desse jeito, de que deve ser daquele jeito, de que deve comportar-se dessa maneira, de que não deve comportar-se daquela maneira. Ele não vive a partir das idéias. Ele é responsivo à existência. Ele responde com seu coração total, qualquer que seja o caso. Seu ser está aqui e agora. Espontaneidade, simplicidade e naturalidade. Essas são as suas qualidades.

          Ele não vive uma vida pré-fabricada. Ele não carrega mapas - como viver, como não viver. Ele permite a vida levá-lo para onde quer que seja. Um sannyasin não é um nadador, ele não tenta nadar contra a correnteza. Ele vai com o todo, ele flui com a correnteza. Ele flui tão totalmente com a correnteza que pouco a pouco ele não está mais separado da correnteza. Ele se torna a correnteza. É a isso que Buda chama srotapanna: aquele que entrou na correnteza. Esse é também o início do sannyas de Buda: aquele que entrou na correnteza, aquele que relaxa na existência. Ele não carrega avaliações, ele não faz julgamentos.
          Viver existencial significa que cada momento tem que decidir por si. A vida é atômica. Você não decide de antemão, você não ensaia, você não prepara como viver. Cada momento chega e traz a situação. E você está ali para responder àquilo. Você responde. Geralmente as pessoas vivem uma maneira muito estranha de vida. Se você for dar uma entrevista, você se prepara, você pensa naquilo que lhe será perguntado e como você irá responder, como você irá se sentar e como você ficará de pé. Tudo se torna falso porque tudo foi ensaiado. E então o que acontece? Quando você vai assim ensaiado, você nunca está totalmente presente. Alguma coisa está sendo perguntada e você está pesquisando em sua memória, porque você está carregando uma resposta preparada, quer ela se ajuste ou não, quer ela funcione ou não. Você segue perdendo o ponto. Você não está totalmente ali, você está envolvido na memória. ....

*

 A terceira qualidade de um sannyasin é uma confiança em seu próprio organismo. As pessoas confiam nos outros. O sannyasin confia em seu próprio organismo. Corpo, mente, alma, tudo está incluído. Se ele sente que está amando, ele flui no amor. Se ele não sentir que está amando, ele diz: 'sinto muito', mas ele nunca finge.

          Um não-sannyasin segue fingindo. Sua vida é vivida através de máscaras. Ele chega em casa, abraça sua esposa, mas ele não quer abraçar a mulher. E ele diz 'eu te amo', e tais palavras soam tão falsas porque elas não estão vindo do coração. Elas estão vindo do Dale Carnegie. Ele esteve lendo o seu livro 'Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas' e esses tipos de tolices. Ele está cheio dessas tolices. Ele as carrega e as pratica. Toda a sua vida se torna uma vida falsa, uma paródia. E, naturalmente, ele nunca está satisfeito. Ele não pode estar porque a satisfação vem apenas com uma vida autêntica. Se você não está sentindo amor, você tem que dizer isso, não há necessidade de fingir. Se você está sentindo raiva, você tem que dizer isso. Você tem que ser verdadeiro para com seu organismo, você tem que confiar em seu organismo. E você ficará surpreso: quanto mais você confiar, mais a sabedoria de seu organismo se tornará muito clara para você.
          O seu corpo tem sua própria sabedoria. Ele carrega a sabedoria de séculos em suas células. O seu corpo está faminto e você está jejuando, porque a sua religião lhe diz que neste dia você tem que jejuar. Mas seu corpo está faminto. Você não confia no seu organismo e sim numa escritura morta, porque em algum livro alguém escreveu que neste dia você tem que jejuar. Aí você faz jejum. Escute o seu corpo! Sim, existe dia em que seu corpo diz: 'faça jejum!'. Então faça. Mas não há qualquer necessidade de ouvir às escrituras. O homem que escreveu aquelas escrituras não as escreveu pensando em você..... Isso é como se você ficasse doente e fosse à casa de um médico falecido e lá encontrasse uma receita e começasse a segui-la. Aquela receita havia sido prescrita para uma outra pessoa, para uma outra doença, em uma outra situação.
          Lembre-se de confiar em seu próprio organismo. Quando você sentir que o corpo está lhe dizendo 'não coma', pare imediatamente. Quando o corpo estiver dizendo 'coma', então não se preocupe se as escrituras estão dizendo para jejuar ou não. Se o seu corpo disser coma três vezes ao dia, está perfeitamente bom. Se ele disser para comer uma vez ao dia, também está perfeitamente bom. Comece a aprender a ouvir seu corpo, porque ele é o seu corpo. Você está nele; você tem que respeitá-lo e você tem que confiar nele. Ele é o seu templo. É um sacrilégio impor coisas ao seu corpo. .... E você não vai apenas aprender a confiar em seu corpo, você vai aprender, pouco a pouco, a confiar na existência também, porque o seu corpo é parte da existência. Então a sua confiança irá crescer e você irá confiar nas árvores e nas estrelas, na lua,  no sol e nos oceanos. Você confiará nas pessoas. Mas o começo da confiança tem que ser a confiança em seu organismo; a confiança em seu coração. ...........
          Um sannyasin é aquele que confia no seu próprio organismo, e essa confiança ajuda-o a relaxar em seu ser, ajuda-o a relaxar na totalidade da existência. Isso traz uma aceitação geral de si mesmo e dos outros. Isso dá uma qualidade de enraizamento e centramento. Surge então uma grande força e um grande poder, porque você está centrado em seu próprio corpo, em seu próprio ser. Você tem raízes no solo. Por outro lado você vê pessoas sem raízes, como árvores arrancadas do solo. Elas estão simplesmente morrendo. Elas não estão vivendo. É por isso que não existe muita alegria na vida. Você não vê a qualidade da gargalhada; está faltando celebração. E mesmo quando as pessoas celebram, isso também é falso.  .........

*

 A quarta é um senso de liberdade.

          O sannyasin não é apenas livre. Ele é liberdade. Ele sempre vive de uma maneira livre. Liberdade não quer dizer licenciosidade. Licenciosidade não é liberdade, é apenas uma reação contra a escravidão; daí você se move para o outro extremo. Liberdade não é o outro extremo, não é uma reação. Liberdade é um insight: 'Eu tenho que ser livre, se é que eu quero ser algo. Não há outra maneira de ser. Se eu for muito possuído pela igreja, pelo hinduismo, pelo cristianismo, pelo islamismo, então eu não conseguirei ser. Então eles irão criar limites ao redor de mim. Eles seguirão forçando a mim mesmo como um ser aleijado. Eu tenho que ser livre. Eu tenho que assumir esse risco de ser livre. Eu tenho que encarar esse perigo.'
          A liberdade não é muito conveniente, ela não é muito confortável. Ela é arriscada. Um sannyasin assume tal risco. Isso não que dizer que ele vai sair brigando com todo mundo. Isso não significa que quando a lei disser mantenha-se à direita, ou à esquerda, ele fará o contrário. Não. Ele não se preocupa com questões triviais. Se a lei disser mantenha-se à esquerda, ele se manterá à esquerda, porque não é isso que é escravidão. Mas a respeito de coisas importantes e essenciais... ........
          A respeito de coisas essenciais, o sannyasin sempre manterá a sua liberdade intacta. E porque ele respeita a liberdade, ele respeitará a liberdade dos outros também. Ele nunca irá interferir na liberdade dos outros, seja lá quem for. Se a sua esposa se apaixonar por um outro, você se sentirá ferido, você irá chorar de tristeza, mas esse é um problema seu. Você não irá interferir nela. Você não dirá: 'pare com isso, porque eu estou sofrendo!'  Você dirá: 'Essa é a sua liberdade. Se eu estou sofrendo, isso é problema meu. Eu terei que lidar com isso, eu terei que encarar isso. Se eu sinto ciúme, eu terei que me livrar desse ciúme, mas você segue o seu caminho. Embora isso me tenha machucado, embora eu tenha querido que você não se fosse com um outro alguém, isso é um problema meu. Eu não posso me intrometer em sua liberdade.'
          O amor respeita tanto que ele dá liberdade. E se o amor não estiver dando liberdade, ele não é amor, ele é alguma outra coisa.
          Um sannyasin é tremendamente respeitoso quanto à sua própria liberdade, muito cuidadoso para com a sua própria liberdade, e da mesma maneira ele também é em relação à liberdade dos outros. Esse senso de liberdade lhe dá uma individualidade. Ele não é uma simples parte da massa. Ele tem um certo jeito único: a sua maneira de viver, o seu estilo, a sua atmosfera, a sua individualidade. Ele existe do seu próprio jeito, ele ama a sua própria música. Ele tem um senso de identidade: ele sabe quem ele é; ele segue aprofundando esse sentimento de quem ele é; e ele nunca faz concessões quanto a isso....

*

(.....) A quinta é criatividade. (........) Meu conceito de sannyasin é que a sua energia será criativa, é que ele trará um pouco mais de beleza a este mundo, ele trará um pouco mais de alegria a este mundo, ele encontrará novas maneiras de dançar e cantar; ele trará belos poemas e músicas. Ele criará alguma coisa, ele será criativo. .....

          Ele deve contribuir com alguma coisa. Permanecer não criativo é quase um pecado, porque você está existindo e não está contribuindo. Você come, você ocupa um espaço, e você não está contribuindo com coisa alguma. Os meus sannyasins têm que ser criadores. E quando você está em profunda criatividade, você está próximo de Deus. Isso é o que a prece realmente é. Isso é meditação. Deus é o criador e se você não é criador, você está longe de Deus. Deus conhece apenas uma linguagem, a linguagem da criatividade. É por isso que quando você compõe música, quando você está completamente perdido nela, alguma coisa de divino começa a se filtrar a partir de seu ser. Essa é a alegria da criatividade, esse é o êxtase - svaha!

*

 A sexta é um senso de humor, gargalhada, brincadeira, sinceridade não séria. Os antigos sannyasins não riam, eram mortos e chatos. O novo sannyasin tem que trazer cada vez mais risos para o seu ser. Ele tem que ser um sannyasin risonho, e o seu riso pode criar situações para que os outros também relaxem. O templo deve ser cheio de alegria, risos e dança. Ele não deve ser como uma igreja cristã. As igrejas parecem cemitérios. E com a cruz ali parece ser quase uma adoração à morte... um pouco mórbido. Você não pode dar gargalhadas numa igreja. Uma gargalhada daquelas que sacudem a barriga não seria permitida. As pessoas pensariam que você está louco ou algo parecido. Quando as pessoas entram numa igreja, elas se tornam sérias, duras... fecham a cara...

          Para mim o riso é uma qualidade religiosa muito essencial. Um senso de humor tem que fazer parte do mundo interior de um sannyasin.


  A sétima é a qualidade meditativa, o estar só,  o pico da experiência mística que acontece quando você está só, quando você está absolutamente só dentro de si mesmo.

          O sannyas torna você só, não isolado, mas só. Não solitário, mas ele dá a você uma solitude. Você pode ser feliz estando só, você não é mais dependente dos outros. Você pode sentar-se só em seu quarto e sentir-se completamente feliz. Não há qualquer necessidade de ir a um clube, não há qualquer necessidade de estar rodeado de amigos, não há qualquer necessidade de ir a um cinema. Você pode fechar os olhos e entrar na mais interna felicidade. Qualidade meditativa é isso.

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E a oitava é o amor, a qualidade do relacionar-se, o relacionamento. Lembre-se de que você só pode se relacionar quando você tiver aprendido como estar só, nunca antes disso. Somente dois indivíduos podem se relacionar.Somente duas liberdades podem se aproximar e se abraçar. Somente dois nada podem penetrar um no outro e se desmanchar um no outro. Se você não é capaz de estar só, o seu relacionamento é falso. Ele é apenas um artifício para evitar que você esteja só, nada mais.

         E isso é o que milhões de pessoas estão fazendo. O amor delas nada mais é do que a incapacidade de estar só. Assim, elas andam com alguém. ficam de mãos dadas, elas fingem que amam, mas no fundo o único problema é que elas não conseguem estar sós. Por isso, elas precisam de alguém com quem andar, elas precisam de alguém para se agarrar, elas precisam de alguém para se apoiar. E o outro também está usando-as da mesma maneira, porque o outro também não consegue estar só, é incapaz. ...
          Assim, duas pessoas que você diz que estão amando, estão de certa forma odiando a si mesmas. E por causa desse ódio, elas estão tentando escapar. O outro ajuda-a a escapar, assim elas se tornam dependentes do outro, elas se tornam viciadas no outro. Você não consegue viver sem a sua esposa, você não consegue viver sem o seu marido, porque vocês estão viciados. Mas um sannyasin é aquele .......... É por isso que eu digo que a sétima qualidade é estar só e a oitava é amor-relacionamento.
          E existem duas possibilidades: você pode ser feliz estando só e você também pode ser feliz estando junto. Esses são dois tipos de êxtase possíveis para a humanidade. Você pode entrar em samadhi quando está só e você pode entrar em samadhi quando está junto com alguém em profundo amor. E há dois tipos de pessoas: os extrovertidos que acharão mais fácil atingir seu pico através dos outros; e os introvertidos acharão mais fácil alcançar seu pico maior enquanto estão sós. ,,,,,,,,,,,, O caminho de Buda é o caminho do introvertido; ele fala apenas a respeito da meditação. O caminho de Cristo é extrovertido; ele fala a respeito do amor.
          O meu sanyasin tem que ser uma síntese de ambos. Uma ênfase haverá: alguém estará mais enfaticamente afinado consigo mesmo do que com os outros; e alguém será exatamente o oposto, mais afinado com um outro alguém. Mas não há qualquer necessidade de se estar enganchado a um só tipo de de experiência. Ambas as experiências podem permanecer disponíveis.

*


E a nona é a transcendência, o Tao, não ego, não mente, ninguém, nada, afinado com o todo.  (........)
          Transcendência é a última e a mais elevada qualidade de um sannyasin.
          Mas essas são apenas indicações, não são definições. Considere-as de uma maneira muito fluida. Não comece a considerar que eu disse isso de uma maneira muito rígida. .... muito fluida, uma vaga maneira de ver, uma visão no crepúsculo, não como quando há um sol aberto no céu. Aí as coisas são muito definidas. No crepúsculo, quando o Sol está se pondo e a noite ainda não desceu, exatamente no meio, no intervalo. Considere o que eu disse dessa maneira. Permaneça líquido, fluindo. Nunca crie qualquer rigidez ao seu redor. Nunca se torne definível. 

 *
                  OSHO - The Heart Sutra - tradução: Sw.Bodhi Champak
Copyright © 2006 OSHO INTERNATIONAL FOUNDATION, Suiça.
Todos os direitos reservados.

terça-feira, 2 de maio de 2017

O 6o. Degrau... - uma parábola para os elevadores da vida e as estações do Viver...



Sonhando no elevador: Eu estava em um prédio antigo que já conheci e vivi... Eu tinha que chegar ao 5o. andar... mas não conseguia passar do 3o... e não compreendia o que acontecia... o elevador subia, chegava ao 3o, parava e voltava... abrindo a porta no subsolo... Eu apertava o botão novamente, pensando que era um defeito do elevador...5o. andar... e a situação se repetia... comecei então a pensar o que tinha no 3o. andar... as pessoas que conheci ali... mas eu não queria estar ali... e não podia ver além disto porque o elevador não abria a porta onde eu queria descer... sequer chegava até o andar... eu não conseguia ir além. Então, determinada apertei o botão para o 4o andar, tentando enganar o elevador... mas nada... ele chegou no 3o... parou e abriu a porta outra vez... mas eu não saí... oras eu queria chegar no 5o andar! Então fechou-se a porta e começou a descer... lá fui eu novamente pro subsolo... Outra tentativa... 6o. andar... pensei em descer um lance de escadas e chegar onde queria... nada... o elevador estacionava no 3o. andar... Refleti novamente, lembrei das pessoas que conheci no 3o. andar... cada passo da jornada, o que vivemos, o que planejamos, onde falhei... onde falharam comigo... alguns ainda moram lá... outros se mudaram para outros prédios, alguns em andares mais altos, outros em andares mais baixos... alguns para bairros diferentes, outras ruas, alguns saíram de prédios e compraram casas, em condomínios horizontais... eu me mudei tantas vezes de lugar... mas lá estava eu... transitando entre o 3o. andar e o subsolo, inúmeras vezes... Bem, decidi fazer uma oração... me perdoar pelas coisas que não compreendi... perdoar e libertar de meus pensamentos aqueles com quem tentei evoluir mas não conseguirmos... e principalmente agradeci a todos que pude me lembrar, pela jornada percorrida, por nossos aprendizados, alegrias, e tristezas também pois nos ensinaram a ser quem somos... O elevador estacionado no 3o. andar começou a se mover... sozinho... parou no 4o. andar... não abriu a porta, como que me dando um tempo para pensar... Eu não desisti... pensei em todas as coisas que eu gostaria de mudar para um novo andar, um novo endereço, descobrir coisas novas e pessoas novas, novos vizinhos, novas coisas para ver e fazer, nossas oportunidades a viver... e apertei convicta o botão para o 8o. andar... e ele finalmente recomeçou a subir... 1o andar... 2o. andar... 3o andar.. respirei fundo... ele prosseguiu... segundos de alívio... alegria... esperança... "coragem mulher! " pensei aliviada... Surpresa percebi no marcador que pareciam 3 limões a cair num painel antigo, porque ele era assim tão maluco?... porque 3 limões pulavam no painel enquanto mudava o número do andar? lembrei da Alice e o relógio maluco: eu nunca assisti o filme direito, como se deve fazer... e o elevador subia... 4o. andar... voltei a sorrir em meu coração, compreendi que tentei chegar em um andar sem passar pelo outro... e não se pode saltar etapas, há muito a se ver e aprender ... Lá fui eu sorridente de olho no painel... 5o andar... serenidade... sensação de levitar... e ele foi adiante... 6o... 7o... Senti profundo amor expandir minha percepção do momento... enquanto via o painel mudar para 8o. andar... Paz... Plenitude... a jornada recomeça...
Há um segredo no 8o. andar... e muitas explicações para todas as portas que se abrem e não descemos... Na ansiedade de continuar a subir e chegar ao destino escolhido muitas vezes, apressados que somos, saltamos etapas... tropeçamos na escadas... e surgem portas a escolher e tantas vezes se abrem até duas portas... mas estamos tão afobados que só vemos uma delas...
Um belo dia uma grande escolha se deve fazer... (lembrei do sonho das 2 portas que tive tempos atrás e um alivio imenso tocou meu coração) .. Muito aprendizado, observar, refletir, estudar minuciosamente as nuances de cada ponto... do porque de cada "parada", as escolhas que fazemos quando apertamos botões... onde queremos chegar e se realmente estamos preparados para "subir"... o que isto tudo tem a nos mostrar ? É muito importante buscar compreender o porque dos sonhos e o que eles nos revelam... sair do pragmatismo, sair da fantasia, e analisar como se você fosse a 3a. pessoa na história: o observador de si mesmo...ou a 4a. a 5a... tudo tem uma razão de ser. A grande mágica é compreender as nuances e aprender com elas... Eu tive muitos sonhos com elevadores... de todos os tipos e direções... alguns eu tive que segurar as paredes para não desabar... outros tive que sair pela tampa em cima e saltar para outro elevador em movimento, muitas vezes tive que saltar numa direção diferente daquela onde eu queria ir... e sem prévio aviso... muitas vezes tive que escalar as escadas infinitas, uma a uma, contando vagarosamente cada pedacinho que compunha cada degrau... outras tantas pensei que estava subindo, mas na realidade estava descendo... e isto foi bem doloroso de conscientizar... mas este último sonho traz algo de especial e revelador que se somam aos fragmentos dos outros sonhos dos elevadores malucos... na época eu não compreendi, agora, uma janelinha se abriu no elevador que tomei... Hoje, reconheço todas as portas por onde andei, onde parei, as que eu não abri, as que eu fechei... cada uma delas traz uma história que daria um livro... Por enquanto fico por aqui, na esperança de que esta parábola da minha vida faça algum sentido para a vida de vocês... Jamais desistam de seus sonhos... aprendam com eles... e se não souber interpretar, respire, procure alguém que o saiba... ou simplesmente tenha a paciência de montar o seu próprio quebra-cabeças. Em profunda paz e clareza sigo... e de um jeito todo especial hoje posso dizer: Para o Alto e Avante!!! Recomendo uma profunda reflexão em seu coração sobre o porque de apertar botão do 8o. andar... tenho certeza que se você estudar e analisar bastante fará uma incrível descoberta sobre si mesmo e os caminhos que vem percorrendo... Paz profunda e alegria no caminhar... Em Luz... em Amor. Em Cristo... Elena Publio 21:00Hrs. 02/05/2017 ps: a configuração das imagens no texto tomou vontade própria... deu um trabalhão ajustar... quiseram vir as duas... mas quem sou eu para interferir ? Beijos no coração.